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sexta-feira, 9 de maio de 2014

História do Cariri: Crianças e Adolescentes

História do Cariri: Crianças e Adolescentes
                                                                       
                                                                           Heitor Feitosa Macêdo
        
         O Cariri cearense, antigamente chamado de Cariri de Dentro ou Cariris Novos, para distingui-lo do Cariri Paraibano, fica ao Sul do Estado do Ceará, estando sua história intimamente ligada à trajetória das crianças e adolescentes, no que concerne a evolução de seus direitos. 
        
Crianças do Caldeirão, Crato/CE.
            No interior da Capitania do Ceará, a ocupação deu-se posteriormente à do litoral, principalmente no Cariri. Levas de portugueses, paraibanos, maranhenses, baianos, pernambucanos, sergipanos, alagoanos, norte-rio-grandenses, e até mesmo os próprios cearenses alocados em outras paragens, migraram para a fecunda terra, repleta de mananciais.[1] Todos esses indivíduos traziam consigo alguns poucos negros, e bastantes índios que os fortificavam e os ciceroneavam.
         Curiosamente, conta a tradição que a descoberta do Cariri deu-se a partir do sequestro de um "menor", negro, o qual era escravo de um potentado ligado à Casa da Torre (propriedade dos d’Ávila, descendentes do famoso Caramuru). Entre tais índios cresceu o dito escravo, até que retornou à Bahía em busca de auxílio para os aborígenes, deflagrados em cruenta guerra.[2] Desta forma, esse "menino" fora o responsável por ensinar aos bandeirantes o caminho até o Cariri cearense.
         Há época da chegada dos colonizadores, no final do século XVII e início do século XVIII, o Cariri era palco de constantes conflitos indígenas, havendo destaque para os Cariris, já radicados naquela localidade há muitos anos, em razão do que combatiam os invasores: Cariús, Calabaças e Inhamuns. E, nesta contenda, as crianças não escaparam a cólera dos seus antagonistas. Sobre este acontecimento registrou a antiquíssima tradição oral que:

Horrível carnificina fizeram os Cariris em seus inimigos, a  ponto  de comprazerem     de untarem-se com os miolos das crianças, cujas cabeças quebravam  contra  os paus,  pegando-as  pelas  pernas.  Algumas caboclas moças foram  presas,  levadas  para  o  acampamento e depois atadas umas às outras e precipitadas na Cachoeira.[3]
            A "Cachoeira" mencionada é a de Missão Velha, primeira localidade onde esses índios foram aldeados. Posteriormente, mais dois aldeamentos foram criados, o de Missão Nova, e outro por nome de Missão do Miranda[4], onde frades capuchinos administravam os dogmas da fé católica, principalmente para as crianças, por serem menos arredias. Com o passar dos anos, este último aldeamento ganhou foros de povoamento, originando a Vila Real do Crato, depois cidade do Crato. Não foi à toa que, em 1838, o inglês George Gardner descreveu este aglomerado nos seguintes termos: "Toda a população da Vila chega a dois mil habitantes, na maioria todos índios ou mestiços que deles descendem". 
         Nesse interregno, tal localidade havia atraído as atenções de toda a região, principalmente por conta das idéias que nela haviam eclodido. Alguns de seus habitantes vertiam de entusiasmo revolucionário, enquanto outros, não menos empedernidos em suas convicções, cuidavam em manter a velha ordem. Desta feita o povo do Crato tomou parte na revolução pernambucana de 1817; voltando a pegar em armas pela independência do Brasil, em 1822; como se não bastasse, em 1824 participou ativamente da Confederação do Equador; além do levante armado de 1832, a "Guerra do Pinto". Decerto, essa parte do "sertão" cearense, estava habitada por gente denodada e pensante, em pé de igualdade com os principais centros urbanos do país.
         Apesar de o esclarecimento intelectual permear por entre aquela gente, não foi o bastante para extirpar alguns maus tratos que as suas crianças sofriam, inclusive nas escolas. Aliás, esse era o método usual em todo país. E, na época em que a província encontrava-se sob o governo do ex-revolucionário cratense[5], José Martiniano de Alencar, o castigo nas escolas foi regulamentado por iniciativa da Assembleia Provincial, em 20/09/1836. Deliberou-se que os alunos poderiam ser castigados com palmatoadas, desde que não excedessem a quatro por dia.[6] Mas isso não foi suficiente, pois os "bolos legais" multiplicavam-se conforme o deleite da autoridade em sala.
         Os alunos do Liceu, em Fortaleza/CE, foram menos afortunados, por conta do Regulamento nº 19 de 4 de Junho de 1845, que trazia o título "Da polícia das aulas", permitindo ao professor da primeira cadeira castigar os seus pupilos com pancadas de palmatória, de no máximo doze. Toda essa severidade seria temporariamente extinta em 24 de dezembro de 1849, quando o presidente da Província do Ceará sancionou uma lei que punha fim aos castigos físicos nas escolas. Mas isto causou descontentamento nos pedagogos da época, forçando a Assembleia Legislativa a restabelecer o castigo do bolo, desde que não ultrapassasse de seis ao dia.[7]
         Para ilustrar o malefício desse sádico método de ensino, frise-se o que ocorrera em Juazeiro, no ano de 1858, quando o professor do primário, Padre Antônio de Almeida, foi acusado de ter quebrado com pancadas de palmatória as cabeças de alguns dos seus alunos. No entanto, esse tratamento indigno dado às crianças e adolescentes não se restringia às escolas, como acentua o historiador Irineu Pinheiro:[8] "Nos próprios lares não se tratavam com a doçura que êles mereciam. Proibindo-lhes participar da conversa das pessoas grandes. Ouvissem caladinhos, não fizessem a menor pergunta. Isso veio até o comêço deste século".
         Desde muito cedo, o Cariri, em especial o Crato, cultivou o ensino. Inúmeras foram as escolas que surgiram ali. Merecendo destaque para a criação do Seminário São José, em meados de 1875[9], para o qual convergiram meninos de todas as regiões circunvizinhas. Neste templo religioso, de culto ao conhecimento, a didática mantinha-se invariavelmente truculenta: "Punia-se, corporal e moralmente, os alunos faltosos com palmatoadas algumas vezes, outras, obrigando-os a passar os silêncios de joelhos, a ficar encostados a uma das colunas do pátio interno durante os recreios, não lhes sendo permitido sair nos feriados, etc".[10]
         No entanto, nem tudo era de todo ruim, pois se a educação impingia maus tratos, também trazia benefícios, como foi o caso das casas de caridade instaladas pelo Padre Antônio José Pereira Ibiapina.
         O Pe. Ibiapina era filho de Miguel Francisco Pereira, membro de uma das principais famílias de Sobral/CE. Os avós paternos do Padre Ibiapina desejavam que o genitor deste seguisse carreira religiosa, contudo, Miguel, seminarista em Olinda/PE, optou pelo casamento com Thereza Maria de Jesus, sendo, por isso, excluído do desfrute dos bens de seus pais, deserdado, o que o levou a seguir para a povoação de Ibiapina, no alto da Serra da Ibiapaba. Esta pequena povoação era um aldeamento de índios tabajaras, edificado pelos jesuítas, lugar em que veio à luz o terceiro filho do casal, o Pe. Ibiapina, em 05 de agosto de 1806. [11]
         Durante a infância e parte da adolescência, acompanhou o itinerário de seus pais, morando em várias cidades, como Icó, Crato, Fortaleza e, em Olinda, onde ingressou no Seminário.[12] Mas findou perdendo prematuramente a mãe, enquanto o pai foi executado em Fortaleza, por ter se envolvido no movimento republicano de 1824. Para piorar, seu irmão mais velho havia sido preso em Fernando de Noronha, onde falecera por afogamento.[13] Mesmo assim, Ibiapina retomou os estudos, e na Academia de Pernambuco alcançou o título de bacharel em direito, no ano de 1832. Daí em diante, veio a exercer várias funções notórias, como Chefe de Polícia, Deputado e Juiz de Direito.[14] Porém, por desgosto com a justiça, abandonou esta última função para abraçar a vida de causídico, a qual desempenhou até o ano de 1850.[15]
         Já maduro, contando com 47 anos, em 1853, Ibiapina volta-se à vida religiosa, alcançando o presbiterato, fato o fez mudar de nome, passando a se chamar José Antônio de Maria Ibiapina.[16] Então, peregrinando pelos sertões do Nordeste, municiado de impressionante eloquência, realizou construções em favor dos pobres, a partir de capital privado, adquirido através de doações. As benfeitorias consistiam em açudes, hospitais e cemitérios. Mas o seu maior legado foi a criação das Casas de Caridade que, dentre as suas finalidades, destacava-se a de abrigar e educar as meninas órfãs. Essa empreitada tinha como um de seus objetivos combater o abandono, os maus tratos e a prostituição infantil, bastante comum, principalmente em anos de miséria.
         O contexto enfrentado pelo abnegado advogado dos pobres era o de uma época em que a exploração humana estava respaldada na oficialidade, e, não raramente, alguns indivíduos abusavam desse direito. Pelas leis e costumes daquele período, o trabalho escravo restringia-se aos africanos e seus descendentes, contudo, houve quem dilatasse essa condição, inclusive sexualmente, cativando os libertos, não escapando as crianças e adolescentes, tudo isto, mesmo depois da abolição, conforme relato de Eduardo Campos[17]:

Sucederia assim  até mesmo depois de declarados livres os escravos no Ceará (25 de março de 1884). Nesse ano, recalcitrantes continuavam alguns proprietários agrícolas inflingindo maltratos físicos a pessoas mantidas a seu serviço, obrigando-as a executarem trabalhos acima de sua capacidade normal. Pela Constituição de 17 de dezembro de 1855 chamava-se a atenção do presidente da Província "para socorrer umas pobres donzelas, orphãs desvalidas, uma d'ellas com educação primaria e de familia, mocinhas que tiveram o infortunio de com a secca ficarem sem paes e  serem   apanhadas  pelo   portuguez José Antônio de Medeiros,  o qual traz ditas orphãs com a maior pressão possível. Servindo de creadas  de tratar burros, carqueijar  sosinhas de um para  o  outro  sitio, e tudo quanto é  serviço grosseiro, expostas à prostituição...[18]
           
      No Cariri, Missão Velha foi o primeiro lugar escolhido por ibiapina para a instalação de uma Casa de Caridade, inaugurada em 1865. Depois, em 1868 ergueu a Casa de Caridade do Crato, e inaugurada em 1869, neste mesmo ano foram fundadas outras duas, em Barbalha e Milagres.
         Todas ficaram sob os auspícios de gente da terra e regidas por um estatuto que preconizava em seu artigo 1º: "tem dois fins as Casas de Caridade desta Instituição, e vêm a ser a educação moral e o trabalho". Medida bastante previdente, já que a maioria das crianças do sexo feminino era excluída dos estudos, continuando no analfabetismo o resto da vida. O art. 2º tratava da faixa etária das crianças que seriam acolhidas: "recebem-se nestas Casas as órfãs de 5 a 9 anos, sendo pobre e desvalidas". O terceiro artigo versava sobre as atividades ensinadas: "A primeira educação das órfãs é ler, escrever, contar, aprender a doutrina cristã e cozer. Finda esta educação, entrarão nos trabalhos manuais como tecer panos, fiar nos engenhos, fazer sapatos e qualquer gênero de indústria que a casa tenha adotado". Além de educar e profissionalizar as meninas acolhidas, também procurava dar-lhes uma família, a começar por um cônjuge: "Logo que as órfãs tenham completado a primeira e a segunda educação, estando em idade conveniente, serão casadas à custa da Caridade".
         Nessas Casas, a "roda dos enjeitados"[19] (roda dos expostos) foi peça indispensável, pois as crianças indesejadas pelos pais poderiam ser postas aos cuidados das irmãs de caridade, evitando o abandono cruel e outros prejuízos às crianças, como o infanticídio e o aborto. Essa roda era um método utilizado na Europa desde o final do século XII, e parece ter chegado no Brasil em 1734, na Santa Casa de Misericórdia da Bahia. Funcionava da seguinte forma:

A  Roda  era  formada  de  uma  caixa  cilíndrica  giratória  com  abertura  que coubesse um  recém-nascido  e  coincidisse  com  outra  abertura  feita  na  parede ou muro externo da casa.  Dessa  forma  a  criança  era  colocada  pelo  lado  de fora e,           girando o cilindro, estava  acolhida  pelas pessoas de dentro da casa, permanecendo no anonimato  quem  a  abandonou.  Uma  campainha anunciava a chegada do novo morador da casa![20] 
            
       Cabe salientar que a rejeição de menores não era coisa nova, muito menos o acolhimento dos abandonados, e, mesmo depois de aventarem-se essas instituições de caridade, o amparo por parte de outras famílias continuou paralelamente, representando as antigas formas de adoção, “adoção a brasileira”. Isto pode ser facilmente atestado pela leitura dos velhos assentamentos de batizados e casamentos das Igrejas Católicas.[21] Ressalte-se que a mãe da heroína Bárbara de Alencar também foi adotada, ou melhor, exposta, como se dizia naquele tempo, no ano de 1760.[22]
         Infelizmente, tais medidas não foram suficientes para eliminar de vez os maus tratos feitos às crianças no Cariri. Esta região fora maculada, em sua história, pela ação funesta das classes dominantes, no episódio ocorrido no Caldeirão do beato[23] José Lourenço, que, tendo formado uma comunidade baseada na distribuição igualitária da produção agrícola e na propriedade comum, atraiu a antipatia dos potentados circunvizinhos, por conta da progressiva escassez da mão de obra barata. Além disso, a Igreja Católica, representada pela Ordem dos Salesianos, declarou-se dona do pedaço de terra em que havia se instalado a comunidade, já que a propriedade de tal gleba pertencia ao Pe. Cícero, o qual havia cedido a posse da mesma à comunidade liderada pelo beato. A questão ganhou gravidade quando o exército e parte da polícia estadual atacaram a comunidade.[24]
         O alvo, composto por sertanejos pobres e monges inofensivos, também era formado por inúmeras crianças, que não foram poupadas no embate que se seguiu. Para atestar essa atrocidade, após o massacre, 16 crânios de crianças foram encontrados em um cipó, entre a vegetação ao derredor do sítio Caldeirão.[25]
         Desta feita, no Cariri, início do século XX, completa-se o ciclo de conquistas e regressos quanto aos direitos da criança e do adolescente. Pois, desde o início de sua ocupação, experimentou a mistura de raças e costumes, ficando sua história a confundir-se com a sorte de suas crianças. Seguindo um modelo mais amplo, universal, no qual os menores nem sempre ficaram isentos de maus tratos, apesar das garantias conquistadas de fato e de direito ao longo dos tempos.  




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Araripe, Tristão de Alencar, História da Província do Ceará: desde os tempos primitivos até 1850, 2ª Edição, Fortaleza, Tipografia Minerva, 1958.

Araújo, Padre Antônio Gomes de, A Cidade de Frei Carlos, Crato/CE, Faculdade de Filosofia do Crato, 1971.

Brígido, João, Apontamentos para a História do Cariri, Fortaleza, Expressão Gráfica Editora Ltda, 2007.

Campos, Eduardo, Revelações da Condição de Vida dos Cativos do Ceará, Fortaleza, Secretaria de Cultura e Desporto, 1984.

Carvalho, Ernando Luiz Texeira, A Missão Ibiapina, Passo Fundo, Editora Berthier, 2008.

Cordeiro, Domingos Sávio de Almeida, Um Beato Líder: Narrativas Memoráveis do Caldeirão, Fortaleza, Imprensa Universitária, 2004.

Farias Filho, Waldemar Arraes de Farias, Crato: Evolução Urbana e Arquitetura (1740-1960), Fortaleza, A Província Edições, 2007.

Feitosa, Aécio, Casamentos Celebrados nas Capelas, Igrejas e Fazendas dos Inhamuns (1756 - 1801), Fortaleza, 2009.

Macedo, Joaryvar, Temas Históricos Regionais, Fortaleza, Secretaria de Cultura e Desporto, 1986.

Moreira, José Roberto de Alencar, Vida e Bravura: Origens e Genealogia da Família Alencar, Brasília, CERFA, 2005.

Pinheiro, Irineu, O Cariri: Seu Descobrimento, Povoamento, Costumes, Fortaleza, FWA, 2009.
______________, Efemérides do Cariri, Imprensa Universitária do Ceará, 19



[1] Macedo, Joaryvar, Temas Históricos Regionais, Fortaleza, Secretaria de Cultura e Desporto, 1986, p.99.
[2] Brígido, João, Apontamentos para a História do Cariri, Fortaleza, Expressão Gráfica Editora Ltda, 2007, p. 11. 
[3] Ibidem, op. cit., p. 13.
[4] Araripe, Tristão de Alencar, História da Província do Ceará: desde os tempos primitivos até 1850, 2ª Edição, Fortaleza, Tipografia Minerva, 1958, p. 57.
[5] Moreira, José Roberto de Alencar, Vida e Bravura: Origens e Genealogia da Família Alencar, Brasília, CERFA, 2005, p. 212.
[6] Pinheiro, Irineu, O Cariri: Seu Descobrimento, Povoamento, Costumes, Fortaleza, FWA, 2009, p. 168.
[7] Idem.
[8] Ibidem, op. cit., p. 169.
[9] Farias Filho, Waldemar Arraes de Farias, Crato: Evolução Urbana e Arquitetura (1740-1960), Fortaleza, A Província Edições, 2007, p. 116.
[10] Pinheiro, Op. cit., p. 167.
[11] Carvalho, Ernando Luiz Texeira, A Missão Ibiapina, Passo Fundo, Editora Berthier, 2008, p. 23-24.
[12] Op. cit., p. 26.
[13] Op. cit., p. 27.
[14] Op. cit., p. 28.
[15] Op. cit., p. 30.
[16] Op. cit., p. 33-34.
[17] A escravidão no Ceará foi abolida em 1884, por isso o título de "Terra da Luz".
[18] Campos, Eduardo, Revelações da Condição de Vida dos Cativos do Ceará, Fortaleza, Secretaria de Cultura e Desporto, 1984, p. 44.
[19] Pinheiro, op cit., p. 149.
[20] Carvalho, op cit., p. 52.
[21] Para exemplificar veja-se: "08/08/1763 - Casamento de Antônio Mateus da Silva Braga, exposto (sic) na casa do Capitão Cosme Ferreira da Silva, com Maria Lima Lopes, nascida em Santo Antão da Mata..." (Feitosa, Aécio, Casamentos Celebrados nas Capelas, Igrejas e Fazendas dos Inhamuns (1756 - 1801), Fortaleza, 2009, p. 51).
[22] Araújo, Padre Antônio Gomes de, A Cidade de Frei Carlos, Crato/CE, Faculdade de Filosofia do Crato, 1971, p. 54.
[23] "Ibiapina foi o precursor dos beatos no Nordeste" (Domingos Sávio de Almeida Cordeiro, 2004, p. 73).
[24] O ataque à comunidade do Caldeirão deu-se em dois momentos, primeiro em 11/07 de 1936, como registrou Irineu Pinheiro (Efemérides do Cariri, 1963, p. 218), e em 11/05 de 1937, momento da "chacina" (Cordeiro, 2004, p. 53).
[25] Cordeiro, op cit., p. 106.

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